Iluminando cidades: O que você deve saber sobre luminárias para iluminação pública!

A luminária pública deve ser projetada de forma que a distribuição de luz atenda às condições típicas de instalação das vias públicas no Brasil. Para que isso seja possível, os projetistas devem considerar os parâmetros de altura de montagem, avanço do braço de sustentação, espaçamento entre postes, largura da via, entre outros.

O projeto deve então levar em conta qual percentual de fluxo luminoso irá atingir a via e as calçadas de forma a obter os resultados de acordo com a classificação da via. Aliás, você conhece os critérios estabelecidos para avaliação das distribuições da luz e do controle da intensidade luminosa na iluminação pública? Então, confira nesse artigo tudo sobre como escolher uma luminária de iluminação pública eficiente!

Existe uma norma que determina as classificações das distribuições de intensidade luminosa e os tipos de controle de luz que é a ABNT NBR 5101, porém, o responsável por avaliar a necessidade do uso das classificações para obter uma uniformidade apropriada, assim como o alcance dos níveis necessários em todas as partes da via a ser iluminada, é o projetista.

A ABNT NBR 5101 classifica a distribuição das intensidades luminosas da luminária em relação à via de acordo com três critérios:

A) Distribuição longitudinal (em plano vertical);
B) Distribuição transversal;
C) Controle de distribuição da intensidade luminosa no espaço acima dos cones de 80 graus e 90 graus, cujo vértice coincide com o centro ótico da luminária.

Quando a distribuição de intensidade luminosa é longitudinal ou transversal, a classificação deve ser feita com base em um diagrama de Isocandela, traçado sobre um sistema retangular de coordenadas contendo uma série de linhas longitudinais da via (LLV) em múltiplos da altura de montagem (AM) e uma série de linhas transversais da via (LTV) também em múltiplos da altura de montagem.

Assim, é possível fazer a avaliação do ponto de intensidade máxima, de acordo com a região que fica situada entre as LTVs, para obter a classificação curta, média ou longa e a avaliação de por onde passa a linha de meia intensidade máxima para avaliação transversal ou lateral sendo classificada como TIPO I, II, III, IV e V como demonstrado na imagem abaixo.

Figura 1- Diagrama mostrando a projeção da intensidade máxima e do traço das isocandelas de meia máxima intensidade de luminária tendo uma distribuição Tipo I – média, numa esfera imaginária e na via. As representações senoidal e retangular da esfera são também mostradas com a máxima intensidade luminosa e traço das isocandelas de meia máxima intensidade.

Já nos espaços acima dos cones de 80 e 90 graus, o controle de distribuição de intensidade luminosa é dividido em quatro categorias:

A) Distribuição totalmente limitada (full cut-off):

  • Intensidade luminosa acima de 90 graus é nula.
  • Intensidade luminosa acima de 80 graus não excede 10% dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada.
  • Isto se aplica a todos os ângulos verticais em torno da luminária.

B) Distribuição limitada (cut-off):

  • Intensidade luminosa acima de 90 graus não excede 2,5%.
  • Intensidade luminosa acima de 80 graus não excede 10% dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada.
  • Isto se aplica a todos os ângulos verticais em torno da luminária.

C) Distribuição semilimitada (semi cut-off):

  • Intensidade luminosa acima de 90 graus não excede 5%.
  • Intensidade luminosa acima de 80 graus não excede 20% dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada.
  • Isto se aplica a todos os ângulos verticais em torno da luminária.

D) Distribuição não-limitada (non cut-off):

  • Quando não há limitação de intensidade luminosa na zona acima da máxima intensidade luminosa.

O ideal seria que todas as luminárias públicas possuíssem uma distribuição totalmente limitada a fim de não gerar poluição luminosa, porém, com a necessidade de abertura de facho para atingir maiores espaçamentos, muitas vezes, a intensidade nos ângulos superiores acaba ultrapassando os limites máximos estabelecidos.

Um bom projeto de iluminação pública necessita de uma distribuição adequada para fornecer a melhor visibilidade para o tráfego de veículos e pedestres, porém, pensando nas instalações atuais, não é possível garantir um bom resultado apenas pela classificação da distribuição da luminária. É necessário avaliar também o fator de utilização, que determina qual o percentual de fluxo luminoso está sendo direcionado para área que ser quer iluminar e como a distribuição fotométrica adequada pode contribuir para fatores de utilização mais altos.

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Luminárias que utilizam tecnologia LED possuem um fator de utilização mais alto que as convencionais. Por isso, investir em LED para a iluminação pública significa ter o fluxo luminoso direcionado para a rua e calçadas, evitando a luz intrusa em outras áreas. Portanto, o bom projeto de iluminação pública deve ser feito analisando de forma correta a distribuição da luz de cada luminária e escolhendo aquela que apresente melhor desempenho para cada situação apresentada.

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