Tarifa Branca: vantagens e riscos

Em janeiro de 2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começou a cobrar o consumo de energia por meio de dois tipos de tarifas: a já utilizada, tarifa convencional e a nova proposta chamada tarifa branca, que vem dividindo opiniões. Afinal, é vantagem ou um risco optar por essa nova forma de cobrança?

O que é a tarifa branca?

A tarifa branca nada mais é que uma modalidade em que os valores cobrados pelo consumo de energia, variam em função da hora e do dia da semana. Sendo assim, nos horários de pico, o consumo de energia se torna mais caro. Nos horários de baixo consumo, mais barato.

Assim, o brasileiro passa a ter possibilidade de pagar diferentes valores na sua conta de luz. Caso diminua o consumo no horário de pico, conseguirá economizar. Por isso, a tarifa branca pode ser uma grande aliada para os consumidores disciplinados e atentos aos horários e dias em que a energia custa mais barato.

Quem pode aderir?

Segundo a Aneel, a tarifa branca será oferecida, primeiramente, aos consumidores ou empresas que estiverem localizados em áreas de baixa tensão (127V, 220V, 380V ou 440V). Essas áreas são denominadas de “grupo B” e a indicação de qual grupo sua casa ou estabelecimento pertence vem definido na própria conta de luz. O prazo é que até 2020, todos os consumidores possam optar por essa tarifa.

O grupo “B” é definido por quatro subgrupos: o B1 (residências), B2 (consumidor rural), o B3 (estabelecimentos comerciais e industriais de pequeno porte) e o B4 (iluminação pública). Entretanto, a tarifa branca não se aplica aos consumidores residenciais classificados como de baixa renda, beneficiários de descontos previstos em lei, à iluminação pública e a unidades consumidoras que façam uso do sistema de pré-pagamento. Para aderir à tarifa branca, o consumidor precisa comunicar à concessionária de energia, que terá prazo de 30 dias para mudar o medidor de energia.

Como funciona a cobrança da tarifa branca?

A Aneel divide os dias úteis em três períodos distintos de consumo: ponta (as três horas de maior consumo de energia de cada distribuidora – geralmente, as primeiras horas da noite), intermediário (uma hora anterior e posterior ao horário de ponta) e fora de ponta (todos os outros horários). Na ponta e no intermediário, os valores cobrados serão mais caros. Já na fora da ponta, mais baratos. Entretanto, cabe às distribuidoras e a região, definirem quais serão seus horários de ponta, intermediário, fora de ponta e quanto é cobrado em cada um deles. Vale lembrar que em feriados nacionais e nos fins de semana, a tarifa cobrada será sempre a fora de ponta, ou seja, a mais barata.

Como saber se é vantajoso aderir à tarifa branca?

Antes de aderir à tarifa branca, a Aneel recomenda que o brasileiro faça simulações e conheça seu perfil de consumo de energia. Para conseguir reduzir o valor da conta de luz, é preciso se informar sobre qual é a faixa de horário mais barata, de acordo com a concessionária da região. Isso pode ser feito de forma direta, com a própria empresa, ou por meio do site de cada concessionária. Outra recomendação é que o consumidor busque o histórico de consumo médio dos últimos 12 meses, disponível na fatura da conta de luz para compreender o padrão de consumo do ambiente.

Com essas informações, o consumidor pode se adaptar ao horário em que a energia é mais barata, organizando o uso de aparelhos como ar-condicionado, chuveiro elétrico, ferro de passar e máquina de lavar roupa (aparelhos que mais consomem energia). Se sua família é grande e possui horários de banho diversos ou recebe muitas visitas, a tarifa branca pode não ser a escolha certa. Agora se sua família possui integrantes que saem de casa cedo e só retornam ao final do dia, geralmente após o horário de pico, a tarifa branca pode ser uma excelente opção. Vale lembrar também que para produtores rurais que podem adaptar o horário de irrigação, essa opção pode ser bem vantajosa.

A tarifa branca tem algo a ver com as bandeiras tarifárias verde, amarela e vermelha da Aneel?

Não. A tarifa branca é uma nova tarifa que possibilita ao consumidor avaliar o próprio perfil de consumo e escolher caso consuma mais energia elétrica em horário fora de ponta. Já as bandeiras tarifárias indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia em função das condições de geração de eletricidade no Brasil. Se você quiser saber mais sobre esse assunto, temos um texto que explica TUDO sobre essas temidas bandeiras tarifárias, clique AQUI e confira!

Depois de todas essa dicas é melhor você se manter atento e informado, caso opte pela tarifa branca. Seu orçamento mensal agradece! E se você gostou do texto e quer ficar por dentro de tudo que envolve o ramo da energia, siga-nos nas redes sociais! Estamos no FACEBOOK e no LINKEDIN.

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