Biogás X Gás Natural

Nos últimos anos, com a crescente preocupação dos governos internacionais e também de especialistas com o aumento da poluição e do desgaste do meio ambiente, a pauta sobre fontes de energias alternativas vem sendo cada vez mais discutida. Por essa razão, combustíveis como biogás e gás natural são tratados como possíveis soluções para atender as necessidades de produção de energia de forma econômica e com baixo nível de poluição.

Entretanto, existe uma importante característica que torna esses dois combustíveis distintos e que está diretamente ligada as suas origens. Quer saber qual? Confira a seguir.

Considerado um combustível fóssil, o gás natural é resultante da deposição de camadas de animais e vegetais, soterrados ao longo de milhões de anos, submetidos a intenso calor e pressão. Por isso, assim como o petróleo, o gás natural é uma fonte de energia não renovável, ou seja, um recurso natural que não pode ser regenerado ou reutilizado.

O gás natural é muito usado como fonte de energia para indústrias e residências, bem como em veículos, conhecido como GNV (Gás Natural Veicular). Isso porque, além de ser mais barato do que o etanol e a gasolina, o GNV gera um baixo índice de poluentes atmosféricos em comparação aos outros combustíveis fósseis.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a reserva de gás natural no Brasil é de 500 bilhões de metros cúbicos, sendo considerada a segunda maior da América Latina, atrás apenas da Venezuela. Tal fato só comprova a participação dessa fonte de energia na matriz energética brasileira, que encerrou o último ano alcançando o patamar de 13%, um crescimento expressivo rumo a média mundial de 25%.

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O biogás, por outro lado, é uma forma de energia renovável, visto que sua origem está na mistura de gases resultante da biodigestão anaeróbica de resíduos orgânicos, como os restos de comida, frutas e vegetais, efluentes agroindustriais, esterco animal e esgoto sanitário. Nessa decomposição, gases como metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), oxigênio (O2) e ácido sulfídrico (H2S), dentre outros que seriam naturalmente liberados para o ambiente contribuindo para o aumento do efeito estufa. O metano por ser um gás de alto poder calorífico é aproveitado para a geração de energia.

O biogás pode ser usado como gás combustível na geração de energia elétrica, por meio de geradores e também, produzindo energia térmica que pode ser utilizada em caldeiras nas indústrias. Além disso, ele pode ser aproveitado em empresas que já possuem biodigestores e que não transformam a energia dos gases em algo útil, e ainda, na forma de biometano, o biogás pode ser um combustível substituto do Gás Natural Veicular, de acordo com a Resolução ANP 8/2015.

Resumindo: O gás natural é um combustível fóssil, não renovável, enquanto o biogás é um biocombustível renovável que tem como origem a matéria orgânica, sendo uma forma de obter energia não prejudicial para o desenvolvimento sustentável do nosso planeta. Gostou do artigo? Quer saber mais sobre energias renováveis?

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